sábado, 5 de outubro de 2013

SEMEANDO EVANGELIZAÇÃO COM A CANÇÃO NOVA ***JÁ***

SEMEANDO EVANGELIZAÇÃO COM A CANÇÃO NOVA



1 - AI DE MIM SE EU NÃO ANUNCIAR O EVANGELHO!
QUINTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2013, 16h59
Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil


Corinto era uma importante e próspera cidade marítima grega, onde se cruzavam negociantes do Oriente e do Ocidente. A cidade tinha péssima fama, pois nela havia um templo dedicado à deusa Afrodite, cultuada pela prática da prostituição.

Percebendo a importância dessa cidade para a expansão do Evangelho, o apóstolo Paulo a visitou no ano 50 ou 51, em sua segunda viagem apostólica. Fundou ali uma comunidade, passando a se corresponder com ela.

Estudiosos da Bíblia concluíram que ele provavelmente tenha escrito cinco cartas para os coríntios, das quais conhecemos apenas duas. Dadas as suas novas convicções, Paulo não era bem aceito pelos judeus que ali viviam; eles não aceitavam o fato de o apóstolo não valorizar a observância de práticas legalistas e não dar destaque à sua origem judaica.

Como a comunidade que ele ali formara enfrentava muitos desafios, Paulo escrevia-lhe para defendê-la, animá-la e também adverti-la quanto a algum deslize. Além disso, procurava justificar sua pregação, esclarecendo que não agia levado por algum interesse próprio, mas unicamente impulsionado pelo amor de Cristo (cf. 2Cor 5,14).

Há os que se perguntam: quando Paulo se referia ao amor de Cristo, afirmando que se sentia impulsionado por ele, referia-se ao seu amor por Cristo ou ao amor de Cristo por ele? É preciso entender sua afirmação nos dois sentidos, uma vez que o amor de Jesus por ele gerava seu amor por Cristo.

O amor de Deus é sempre o ponto inicial: Ele não nos ama porque somos bons; nos ama porque Ele é bom e é próprio do amor expandir-se. Nosso amor por Deus e pelo próximo é uma resposta a esse amor. Em outras palavras: nós amamos com o amor que Cristo coloca em nosso coração. Esse amor nos pressiona, nos compele, nos impele, nos estimula a amar, dando origem a gestos de doação para com amigos e conhecidos, para com desconhecidos e necessitados.

Ao seguir Jesus descobrimos que é o rosto de Cristo que está presente no rosto de cada pessoa.​ Tendo feito a experiência do amor de Cristo por ele (“Ele me amou e se entregou por mim” – Gl 2,20), Paulo sentia necessidade irresistível de levar a outros a experiência que ele próprio havia feito, a ponto de exclamar: “Ai de mim se eu não anunciar o evangelho” (1Cor 9,16).

Diante da urgência da missão evangelizadora, ele aceitava enfrentar prisões e perseguições, fome, nudez e calúnias. Para ele, o importante era que Cristo fosse conhecido, amado e seguido.

É pedida aos cristãos de hoje a coragem de Paulo, mesmo porque surgiram no mundo novos “areópagos” (cf. At 17,19) – isto é, ambientes hostis ao Evangelho, onde Cristo está particularmente ausente. Pensemos, por exemplo, no mundo das comunicações, no da cultura e no das pesquisas científicas, no ambiente das universidades e das relações internacionais… Esses, e muitos outros ambientes, precisam ser iluminados pela luz do Evangelho.

Cristo nos dê, pois, um coração cheio de ardor apostólico, capaz de evangelizar com novos métodos. É necessário empregarmos nossa imaginação e criatividade para que o Evangelho chegue a todos, numa linguagem que atinja o homem moderno.

Em outras palavras, cabe-nos anunciar Jesus Cristo e convidar o povo a converter-se; formar comunidades que escutem a Palavra de Deus e estejam unidas na oração e na Eucaristia; cabe-nos, também, lembrar a todos que a evangelização é tanto um compromisso pessoal, já que somos batizados, como comunitário: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).

“Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16). Paulo tinha convicção de que Cristo é o único salvador de todos; o único capaz de nos revelar e de nos conduzir a Deus. Tinha consciência, também, de que nele o Pai se revelou de forma definitiva, deu-se a conhecer de modo pleno, disse à humanidade quem é e o que deseja de nós. Por isso, anunciá-lo era a razão de ser de sua vida. Não deve ser essa, também, a razão de ser da nossa vida, já que somos os atuais discípulos missionários?



2 - MISSÃO DEVE SER ASSUMIDA COM CORAGEM

ARCEBISPO DE BH
Sábado, 05 de outubro de 2013, 09h24
Da redação, com Gaudium Press/Arquidiocese de BH

"A Fé cristã é um precioso dom de Deus, que ilumina caminhos e dá o profundo sentido à vida. Fonte de força e coragem, é um dom tão precioso que não pode ser egoisticamente guardado. Jesus nos confiou a tarefa de partilhá-lo quando disse 'ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações'", disse Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte.

Em mensagem destinada a todos os participantes em missão durante o "Mês das Missões", celebrado pela Igreja no Brasil, Dom Walmor afirma que a ordem de anunciar o Evangelho é dada por Deus para os fiéis como uma "missão que deve ser assumida corajosamente por todos".

No mês de outubro, considerado o mês das missões, segundo o prelado, a Igreja é convocada a renovar seu compromisso com a vivência da missionariedade, "anunciando Cristo com entusiasmo e alegria, principalmente para os que ainda não partilham a alegria de crer".

Dom Walmor ainda lembra a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, no próximo dia 20 de outubro. O Arcebispo ressalta que o Pontífice lembra à Igreja "que esta data será vivida em um momento próximo à conclusão do Ano da Fé, oportunidade para renovarmos a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como a Igreja que anuncia com coragem o Evangelho".

Além disso, ele pontua que "o Papa Francisco ainda recorda o cinquentenário do Concílio do Vaticano II, celebrados neste ano. O Concílio enfatiza o dever de cada batizado e de todas as comunidades cristãs de alargar os confins da Fé".

"Lembramos também que a Igreja no Brasil, recentemente, viveu momentos especiais protagonizados pelos jovens. A Campanha da Fraternidade, a Semana Missionária e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Todos esses acontecimentos devem inspirar e fortalecer o compromisso de cada um com o anúncio do Evangelho".

Sobre o compromisso, conforme ensinado pelo Papa Francisco, de pregar o Evangelho, Dom Walmor explica que "é dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo. Uma tarefa constante que anima toda a vida da Igreja", pois o Santo Padre, "na sua mensagem, alerta ainda que a solidez da nossa Fé, no âmbito pessoal e comunitário, mede-se também pela capacidade de comunicarmos a outros, de espalharmos, de vivermos na caridade, de testemunharmos a quantos nos encontram e partilham conosco o caminho da vida.

O alerta do Papa aos cristãos também é relembrado pelo prelado: "Ao conservar apenas para si a alegria de Cristo, o cristão isola-se e torna-se combalido".

Retomando ao Dia Mundial das Missões, o Arcebispo de Belo Horizonte assinala que, "ao mesmo tempo que rejuvenescemos o compromisso de testemunhar a Fé, peço que cada um dedique orações aos que corajosamente entregam suas vidas ao exercício da missão anunciando o Evangelho da Vida".

"Sacerdotes, religiosos e religiosas, evangelizadores, diáconos, ministros, irmãos e irmãs leigos e leigas que muitas vezes, deixam suas famílias, percorrem caminhos desconhecidos para amparar aqueles que ainda não viveram um encontro pessoal com Cristo", completa.

No final, Dom Walmor pede para que cada cristão, na vivência da missionariedade, dentro do contexto familiar, no trabalho, na escola e nos diversos ambientes, "exerça a fundamental tarefa de partilhar o dom da Fé".

"Que Nossa Senhora da Piedade, Mãe Padroeira de Minas, discípula exemplar, inspire-nos todos nesta tarefa de partilhar a alegria de crer. Que a nossa Igreja seja permanentemente missionária, de casa em casa, indo ao encontro dos outros. Solidária, comprometida e fraterna", concluiu.



















































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