domingo, 27 de outubro de 2013

PASTORAL DA SOBRIEDADE

PASTORAL DA SOBRIEDADE



Salvar quem está perdido




Abramos os olhos enquanto é tempo, para que possamos entender o que Deus quer de nós com os sinais dos tempos. Muitas vezes, nos fazemos de surdos ou cegos e não nos damos a compreender estes sinais.

Na Bíblia, encontramos várias vezes a seguinte citação: “Não endureçais os vossos corações”, pois Cristo veio salvar quem estava perdido. Não sejamos orgulhosos, façamos aquilo que está ao nosso alcance.
 

Assim como uma vela, precisamos nos consumir, amando uns aos outros até o fim. Alguns têm medo de se consumir, preferem ficar alheios. Mas, saibamos que o Brasil é o país em que o crime está mais bem organizado do mundo.

Sejamos como Frei Galvão, que se doou até o fim, assim como Maria, que foi fiel até a cruz, mesmo que, durante o caminho, tenha dito: “Senhor, por que me abandonastes?”, se manteve firme até ser morto na cruz.


Escolhemos como nossa Padroeira Nossa Senhora da Piedade, para que ela nos ajude em nossa conversão, ou seja, a abraçar o plano de Deus a nosso respeito: “Seja feita a vossa vontade”. Não tenham medo, pois é do agrado de Deus se doar por nós. Ame e não tenha medo de amar, mas ame com misericórdia, para que seja como Jesus, que age com misericórdia para com todos.

O Pai não quer que nos percamos, pois veio salvar aqueles que estavam perdidos. Se você não consegue se perdoar, peça ajuda a Nossa Senhora!


Transcrição e adaptação: Luana Oliveira 

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Dom Irineu Danelon

Bispo da Diocese de Lins/SP

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25/10/2013 - 20h00



Em busca do sentido da vida


Na era da internet e das redes sociais, o ser humano tem enfrentado uma de suas maiores lutas, que é a luta de pessoas que se desconectam do mundo real para se conectarem a um mundo imaginário.

Muitas das patologias psicológicas que o homem enfrenta hoje são decorrentes do isolamento provocado por ele mesmo. Não nos damos conta desse problema até que tenhamos sido atingidos por ele.

Infelizmente, algumas pessoas buscam nas drogas o que não conseguem suprir com a vida pessoal. O prazer momentâneo que as drogas propiciam, geralmente, é confundido com a felicidade que o ser humano tanto busca. 


Quanto mais tentamos anular situações e pessoas da nossa história, seja por uma lembrança dolorosa, seja por uma simples briga durante o dia, tanto mais fácil será para que isso fique registrado em nossa memória. E problemas como este podem ser o primeiro passo para muitos outros distúrbios que levam à dependência.

Pessoas que entram no mundo das drogas, geralmente, desejam esquecer situações e pessoas que acompanharam sua história. São inúmeros relatos de jovens que entram nesse mundo para fugir das brigas que assistem no próprio lar ou para tentarem preencher o espaço deixado pela ausência de pessoas queridas.

Ouça na íntegra a pregação do Dr. Augusto Cury



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Dr. Augusto Cury




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26/10/2013 - 11h15




A paciência produz fruto


Nós existimos porque Deus assim o quis. Porém, nossa existência não pode passar despercebida, nós precisamos dar frutos. Assim, quando Deus precisar usar deles, o Senhor encontrará uma árvores repleta.

Uma das maiores virtudes da Pastoral da Sobriedade é a paciência. É por meio da paciência que somos capazes de alcançar nossos objetivos. A maior prova disso é a mãe que carrega o filho por 9 meses em seu ventre, mas ela não faz isso por acaso, ela faz isso para que ali gere vida.


Dom Irineu Danelon
Foto: Daniel Machado/cancaonova.com


Hoje, por intermédio das leituras, nós recebemos alguns convites de Jesus para a conversão. E a conversão não é apenas, por exemplo, deixar as drogas e viver a sobriedade. Mas é também se entregar completamente ao Senhor, deixando que Ele guie nossas vidas.

Sem a paciência, que podemos chamar também de perseverança, ninguém consegue corresponder ao chamado de Deus. Não pense que, ao ficar em sua casa, você estará evitando problemas. Afinal, nenhum navio foi feito para ficar no porto, mas sim para aventurar-se em águas profundas, com a sabedoria e a perseverança de quem o conduz.

O cuidado é o maior remédio para manter a esperança acesa. É justamente por isso que muitos deixam a dependência química, porque descobrem que existem pessoas que querem cuidar deles.


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Dom Irineu Danelon

Bispo da Diocese de Lins/SP


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26/10/2013 - 16h00






A espiritualidade da Pastoral da Sobriedade nestes 15 anos 

Só é capaz de amar o próximo aquele que fez uma experiência de amor com Cristo. Afinal, não somos capazes de dar aquilo que não recebemos, não é mesmo?

O verdadeiro amor caminha com a verdade, a justiça, a solidariedade e, principalmente, com a misericórdia. E a Pastoral da Sobriedade tentou aprofundar este apelo à vivência da misericórdia, pois, quando menos merecemos é quando mais precisamos ser amados.

As pessoas que necessitam do auxílio da Pastoral são aquelas que já perderam o sentido da vida, desistiram do seu emprego, das pessoas que gostam e até de si mesmas. Porém, são essas as pessoas que mais precisam se sentir amadas, pois quando fazemos isso, elas sentem o amor do próprio Cristo.

Nós precisamos dar um sentido para nossa vida; devemos glorificar a Deus com ela. Nenhuma vida inacabada, ou sem objetivos e metas, pode ser uma vida capaz de glorificar o Senhor.

Enquanto não pudermos repetir o que Paulo constatou: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20), a nossa espiritualidade não estará no sentido certo, pois o objetivo dela é encontrar, em tudo, o sentido da vida, que é o próprio Jesus.

Queria convidar um jovem rapaz chamado Renato, de Campo Grande (MS). Ouvi seu testemunho, recentemente, e ele mexeu muito comigo, por isso, queria que ele contasse um pouco da sua história:

"O mundo das drogas nos leva para uma realidade de criminalidade, em que precisamos, muitas vezes, roubar para alimentar o vício. Quando estamos inseridos nessa realidade, não temos a dimensão do que estamos fazendo com a nossa vida. Fui internado em uma clínica psiquiátrica, onde era sedado com catorze remédios diferentes. Eu já não me reconhecia mais, mas, felizmente, eu tinha uma mãe que dobrava os joelhos e orava por mim. E foi graças ao Senhor que tive forças de deixar essa vida. Estou há 5 anos sóbrio, e só consigo fazer isso porque eu faço, diariamente, uma renúncia. Eu renuncio às amizades antigas, ou lugares que eu frequentava, e meus antigos hábitos. Em resumo, eu renuncio todo dia ao Renato antigo" (trecho do testemunho de Renato).


"A vontade do Pai é que ninguém se perca", ressalta Dom Irineu Danelon
Foto: Luana Oliveira/cancaonova.com


A história desse jovem é apenas uma no meio de milhões. Isso acontece porque a Pastoral da Sobriedade não para na realidade atual da pessoa, que, muitas vezes, é desanimadora. A Pastoral acredita naquilo que a pessoa pode vir a ser, e luta por isso. Nós acreditamos nisso, porque o próprio Cristo também acredita. Ele nos diz que veio salvar a quem estava perdido, assim como o Bom Pastor, que olha com carinho especial para cada uma das Suas ovelhas.

Essa fé nas pessoas, e principalmente em Deus, apenas no ano passado, permitiu que, aproximadamente, 70 mil jovens fossem recuperados de suas dependências, em todo o Brasil.

A vontade do Pai é que ninguém se perca, e a nossa espiritualidade vem justamente do amor e do carinho que Jesus nos mostra no Evangelho. Se Jesus não olha para ninguém com distinção, nós também não podemos fazer isso.

Transcrição e adaptação: Gustavo Souza


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Dom Irineu Danelon

Bispo da Diocese de Lins/SP



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26/10/2013 - 23h55




Frutos da Pastoral da Sobriedade



Nós, agentes da Pastoral da Sobriedade, precisamos espelhar o amor incondicional, pois esse amor brota do próprio Cristo. Esse amor é justamente o que nos impulsiona até as necessidades do próximo, independentemente de como ele se encontre.

Durante nossa vida, acabamos nos esquecendo desse amor e nos apegamos às coisas deste mundo. É quando deixamos de lado a nossa própria dignidade de filhos de Deus, e quando isso acontece, também esquecemos para que fomos criados: para a felicidade plena em Deus.

Muitos pais, com intuito de proteger seus filhos, acabam os protegendo demais e não permitindo que eles vivam coisas naturais da vida. A consequência disso é o desenvolvimento de um ser humano imaturo, incapaz de lidar com as próprias dificuldades e dependente de algo ou alguém.


E quando esse jovem ou esse adulto não tem ou não consegue encontrar alguém que o ajude em seus problemas, ele acaba buscando socorro em outras coisas, como as drogas, por exemplo.

É claro que os pais fazem isso com a melhor das intenções e, muitas vezes, não imaginam o que isso pode gerar na vida de um adolescente. Mas essa atitude pode gerar uma pessoa “inacabada”. Por isso, precisamos ter esse amor incondicional para com todos. Quando olhamos para as pessoas, sejam nossos filhos ou desconhecidos, com esse amor, nós as nxergamos como pessoas em construção e queremos ajudá-las nesse processo.

Na Pastoral da Sobriedade, ninguém é bom sozinho, razão pela qual eu gostaria de convidar três agentes da entidade para contar com pouco das suas experiências. Dessa forma, vocês também poderão conhecer um pouco dos quinze anos da pastoral.


::. Ouça, na íntegra, os testemunhos


Essas três pessoas, que estiveram aqui no palco, mostram muito bem o que é o trabalho da Pastoral da Sobriedade: reflexão, testemunho e perseverança.

Se você se identificou com o nosso trabalho, não tenha medo de procurar um agente da pastoral na sua cidade. Há muito trabalho a ser feito ainda, e somos poucos. Muitos irmãos esperam o seu “sim” para que possam dizer o “sim” deles para a sobriedade.

Transcrição e adaptação: Gustavo Souza


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Ernestina

Pastoral da Sobriedade


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27/10/2013 - 09h30





Ir para águas mais profundas



Eu senti, na pele, os efeitos de uma dependência química, quando ela entrou na família. Eu tenho dois filhos que se envolveram nesse mundo, e eu não consegui perceber, mesmo tendo formação em farmácia. Só me dei conta disso, que um deles era dependente, quando ele foi preso. Eu via algumas alterações no comportamento deles, mas eu achava que era algo natural da adolescência e sempre tratei isso com naturalidade.

Porém, quando me deparei com aquela situação, me vi sem reação alguma. Até que, um dia, descobri a Pastoral da Sobriedade e, nela, encontrei pessoas que passaram pelo que eu estava passando e foram sustento para minha luta.

Atualmente, a Pastoral tem registrado mais de 1.700 unidades no Brasil. Mas, mesmo assim, muitos agentes desanimam, pois o grupo em que atuam é muito pequeno ou existe dificuldade em lidar com este trabalho na comunidade.

Não podemos esquecer que o verdadeiro "timoneiro da barca" dessa pastoral é Jesus Cristo. Ninguém, além d'Ele, é capaz de nos levar para águas mais profundas. Mas não adianta ir para águas mais profundas se nós, agentes, não tivermos a ousadia de jogar as redes.

Se você não entrega tudo o que faz nas mãos de Deus, sinto muito, mas você pode ser agente de qualquer coisa, menos da Pastoral da Sobriedade. Aqui nada entra ou sai se não for pelas mãos de Cristo.

Vejo, pelo Brasil, muitos agentes que reclamam por não terem muitas pessoas em seus grupos, e que já pensarem em desistir por causa disso. Mas eu lhe pergunto: Você está preparado para multidões? Não podemos deixar que aconteça, assim como aconteceu na “pesca milagrosa”, que a Bíblia nos apresenta. Pedro não havia pescado nada durante a noite, mas, quando Jesus aparece e dá a ordem, eles não estavam prontos para aquela quantidade de peixes e as redes começam a se romper.


"Experimente sair de si para ir ao encontro dos outros", recomenda Ana Martins Godoy
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com



Será que você tem "jogado a rede" dentro do seu próprio lar? Há quanto tempo que você não "joga as redes" no quarto do seu filho? Será que quando ele precisar você será capaz de corresponder?

Naquela ocasião eles precisaram chamar outros barcos para ajudá-los, pois a quantidade era muito maior do que o barco suportava. Da mesma forma, talvez você precise viver a experiência de se preparar hoje, deixar que o Senhor o capacite, para assim, cheio do Espírito Santo, conseguir corresponder ao chamado de Deus. Pois acredite: quando você menos esperar "a rede da sua pastoral" estará tão cheia quanto a daquela pesca milagrosa.

Para que isso aconteça, você precisa sair da sua acomodação, assim como os apóstolos fizeram. Eles não eram acostumados a pescar durante o dia, e muito menos naquelas águas em que se encontravam, mas, por obediência, o fizeram.

Experimente sair de si para ir ao encontro dos outros, porque, dificilmente, as pessoas que realmente precisam são capazes de buscar por ajuda. Já é a hora de parar de querer fazer as coisas do seu jeito e deixar que Deus seja realmente o Senhor dessa pastoral.

Transcrição e adaptação: Gustavo Souza


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Ana Martins Godoy

Coordenadora Nacional da Pastoral da Sobriedade


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27/10/2013 - 11h15






Humildade para servir os mais necessitados


Dom Irineu
Foto: Natalino Ueda/CN
A Palavra de Deus é Palavra de Salvação para quem se abre à sua ação. Se a terra não acolhe a semente não haverá árvore e, se não houver árvore não haverá fruto.

Acolher a Palavra de Deus significa prestar atenção ao que Ele tem a falar para nós: “Hoje, se ouvirdes a voz de Deus, não endureçais o vosso coração”.

Hoje quero falar da humildade, principalmente para quem trabalha na Pastoral da Sobriedade. A Palavra fala de duas pessoas, uma que fala ‘Te agradeço, Senhor, porque não sou como este pecador”. O outro batia no peito e dizia “Senhor, tende piedade porque sou pecador”. Há espaço para orgulhoso trabalhar na Pastoral da Sobriedade? Não!

Por que será que Jesus, tendo todas as outras virtudes, acentuou a importância da humildade dizendo: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Jesus fez isso não só com palavras, mas com a própria vida, com Suas atitudes. Nos primeiros dias de vida de Jesus, fecundado pelo Espírito Santo, coube num óvulo. Olha só, Deus, sendo tão grande, coube dentro de um óvulo, tão pequenino. Quando nasceu, não veio em um palácio, mas num estábulo, junto com animais. Depois, este Deus todo-poderoso teve que fugir de um homem, em cima de um burrinho. Quando adolescente, foi trabalhar como carpinteiro, escondido, Ele não fazia sermão, mas gritava com Suas atitudes: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.



Acampamento da Pastoral da Sobriedade




Depois, quis ser batizado, mesmo sem ter pecado. Olha só, misturou-se com os pecadores, para ser batizado. Mas foi além, Cristo comeu com os pecadores, lavou os pés dos pecadores e ainda disse: “Se eu, vosso Senhor, lavei os vossos pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros”.


Depois disso, foi preso e colocado ao lado de Barrabás, e o povo pediu que soltassem o bandido em vez de soltarem Ele. Mesmo assim não reclamou. Foi insultado, espancado, cuspido, e, na cruz, pediu ao Pai: “Perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”.

Jesus, ainda morreu sem roupa, nós é que colocamos aquele pano envolvendo Jesus na cruz. Além disso, o Senhor morreu colocando no céu um ladrão, arrependido, porque este foi humilde. Quem entrou no céu junto com Jesus não foi Maria ou qualquer outro santo, foi um ladrão.



Fiéis oram durante Acampamento da Pastoral da Sobriedade
Foto: Natalino Ueda/CN



Depois, ainda, perguntaram: "Onde vamos colocar o seu corpo?". Ele não tinha nem propriedade para ser enterrado, precisou que um discípulo Lhe cedesse um lugar para fosse sepultado.

Com tudo isso, vemos que a vida de Jesus nos diz: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Depois, de Sua Paixão, Morte e Ressurreição, Nosso Senhor Jesus Cristo foi glorificado pelo Pai. E assim, com Sua vida, nós também vemos o cumprimento da palavra: “Quem for humilhado será exaltado”.

Por isso, sejamos humildes e nos coloquemos como servos dos nossos irmãos, como fez Jesus.



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Dom Irineu Danelon

Bispo da Diocese de Lins/SP


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27/10/2013 - 23h55





Como se manter sóbrio?


A sobriedade é a capacidade que a pessoa adquire de cultivar o autodomínio de todo seu potencial, colocando-o a serviço da vida plena e da solidariedade.

As máquinas mais perfeitas podem se transformar em perigo, quando manobradas por pessoas não habilitadas. O mesmo acontece quando uma pessoa se torna extravagante no que pensa e no que faz. Facilmente se excede e não se controla, principalmente no uso do que é nocivo, como o álcool, o fumo, as drogas, a gula, a ganância, o erotismo, a vaidade, o orgulho e o egoísmo...

Quando isso ocorre, torna-se escrava das suas dependências, não acredita mais nem em si mesma e cai no descrédito e na tristeza. E, sem esperança, o hospital, a cadeia e o cemitério a esperam. Se não mata, pelo menos sufoca seus familiares.



Como se sentir sóbrio?

1 - Cultivando o autocontrole e a docilidade à consciência;
2 - Adquirindo o sentido da vida e a alegria de ser competente para servir.
Deus nos colocou no mundo para os outros;
3 - Fugindo das ocasiões perigosas. "Forte tem que ser você e não a bebida";
4 - Caiu no poço? A única saída é por cima.

Aí você encontrará a mão de quem o ama, do Deus misericordioso, do grupo de autoajuda, da Pastoral da Sobriedade, do Amor Exigente, do AA (Alcoólicos Anônimos), entre outros. Só no ano passado 70 mil jovens foram resgatados pela Pastoral da Sobriedade.

E lembre-se: deixar alguém morrer, quando você pode salvá-lo, é tão grave quanto matá-lo. Saia dessa indiferença e una-se a nós da Pastoral da Sobriedade.

Dom Irineu Danelon
Bispo Assessor da Pastoral da Sobriedade - CNBB

De 25 a 27 de outubro de 2013, a Comunidade Canção Nova convida você para celebrar com a Pastoral da Sobriedade os 15 anos de terapia do amor, evangelizando e promovendo a dignidade da pessoa e da família.

Veja mais:
:: Professar a fé na sobriedade
:: A espiritualidade dos 12 passos da sobriedade:: É Deus quem nos purifica

16 de outubro de 2013





Espiritualidade dos 12 Passos da Pastoral da Sobriedade

Neste fim de semana acontece na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), o Acampamento da Pastoral da Sobriedade, entidade que completa 15 anos de atividade neste ano, sendo uma das pastorais mais conhecidas do Brasil.

Segue abaixo a “espiritualidade dos 12 passos” para aqueles que procuram a sobriedade:



1º Admitir: 



“Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome.” (Lc 15, 17b). Mesmo na dor e da vergonha, o filho pródigo admite que está no caminho errado.
Senhor, ADMITO minha dependência dos vícios e pecados e que, sozinho, não posso vencê-los. Liberta-me! 


2º Confiar: 

“Vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti’” (Lc 15, 18). Porque eu confio em meu Pai, Ele é bom. Jesus, eu confio em Ti, ouve o meu clamor.
Senhor, CONFIO em Ti, ouve o meu clamor. Cura-me! 


3º Entregar: 


Então ele partiu e voltou para seu pai. Diante do amor de Deus o homem se entrega. Ele, por vergonha, talvez nunca mais voltasse, mas ele voltou.
Senhor, ENTREGO minha vida, minhas dependências, em Tuas mãos. Espero em Ti. Aceita-me! 



4º Arrepender-se: 



“Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e foi tomado de compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos” (Lc 15, 20). Deus vem ao encontro do pecador! É um abraço de Pai que restaura e nos traz novamente a dignidade. Arrepender-se significa não querer mais viver na vida de pecado.
Senhor, ARREPENDIDO de tudo que fiz, quero voltar para a Tua graça, para a casa do Pai. Acolhe-me!





5º Confessar: 




“O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’” (Lc 15, 21).
Senhor, CONFESSO meus pecados e, publicamente, peço Teu perdão e o perdão dos meus irmãos. Absolve-me! 




6º Renascer:


 “Pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado” (Lc 15, 24). No amor, o homem é chamado a ter uma vida nova: ser um novo pai, uma nova mãe, um novo filho. Deus é carinhoso conosco e faz de nós homens cheios da graça d’Ele.
Senhor, RENASÇO no Teu Espírito para a sobriedade. O homem velho passou, eis que sou uma criatura nova. Batiza-me!


7º Reparar:
 




“Trata-me como a um de seus empregados” (Lc 15, 19b).
Senhor, REPARO financeira e moralmente a todos que, na minha dependência, eu prejudiquei. Ajuda-me a resgatar minha dignidade e a confiança dos meus. Restaura-me! 



8º Professar a fé: 




“Na casa do meu pai tem pão com fartura” (Lc 15, 17b). É dizer com a vida que vivo, a partir de hoje, uma nova vida, tendo o meu coração mais perto de Deus. A profissão de fé faz-nos sentir mais irmãos, pois estamos na mesma casa de amor e oração.
Senhor, PROFESSO que creio na Santíssima Trindade e peço a ajuda da Igreja, com a intercessão de todos os santos. Instrui-me na Tua Palavra!

:: Liberta-se das drogas

9º Orar e vigiar, 


para não cair em tentação, pois o mais difícil é perseverar. Nós precisamos de Deus, sozinhos não podemos. A perseverança se dá no caminhar diário, na intimidade com Deus.
Senhor, ORANDO e VIGIANDO para não cair em tentação, seremos perseverantes nos Teus ensinamentos. Dá-me a Tua Paz!
Assista: "Sede sóbrios e vigiai", com padre Paulo Ricardo:




10º Servir: 


“Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. Colocai-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés” (Lc 15, 22). Nós não podemos reter nada! De alguma forma, precisamos realizar o querer de Deus, que é salvar a todos. Servindo, com Nossa Senhora, queremos fazer dos excluídos os Seus escolhidos.


Senhor, SERVINDO, a exemplo de Maria, nossa Mãe e de todos, queremos, gratuitamente, fazer dos excluídos os nossos preferidos, com a ajuda da Pastoral da Sobriedade.

11º Celebrar:


“Trazei um novilho gordo e matai-o, para comermos e festejarmos” (Lc 15, 23). Se não existir o celebrar tudo ficará sem sabor. Todos nós precisamos desses passos para chegarmos cada vez mais perto de Deus, por intermédio da celebração da Santa Missa; celebrar é se unir a Cristo. Precisamos dar Cristo, que está em nós, a nossos irmãos.
Senhor, CELEBRANDO a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada. Alimenta-nos no Corpo e Sangue de Jesus! 


12º Festejar: 


É preciso festejar a vida nova que Cristo nos deu.
Senhor, FESTEJANDO os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por um século sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho.



Veja mais:
:: Como se manter sóbrio?
:: Professar a sobriedade na fé



11 de outubro de 2013




A Pastoral da Sobriedade é uma ação da Igreja Católica e evangeliza pela busca da sobriedade como um modo de vida. Por meio da “Terapia do amor” trata todos os tipos de dependência, guiada por dois pilares: a proposta de mudança de vida e a valorização da pessoa humana.

O objetivo dessa pastoral é sensibilizar cada vez mais a sociedade sobre a problemática do mundo das drogas. “Por melhor que seja alguém, jamais conseguirá ser tão eficiente quanto todos nós unidos,” afirma o fundador da pastoral, Dom Irineu Danelon.




Sendo um organismo da CNBB, a Pastoral da Sobriedade tem como lema de atuação: “Só por hoje, graças a Deus”, e conta com a colaboração de grupos de apoio em várias cidades brasileiras.

Dom Irineu cita uma frase que resume o trabalho realizado pela Pastoral da Sobriedade: “Existe só uma coisa que Deus não consegue deixar de fazer: deixar de amar você!”. Ressaltando que o Senhor não quer que ninguém se perca, o prelado também enfatiza o testemunho de Jesus, o Bom Pastor, que não foge quando chega o "lobo" e que “O mal está bem articulado, por isso é preciso articular bem o Bem”.

Um dos vícios mais comuns no Brasil é o alcoolismo. Estima-se que 90% das internações em hospitais psiquiátricos acontecem devido ao uso desse tipo de droga. Um dado alarmante, tendo em vista que o número de jovens dependentes de bebidas alcoólicas está crescendo. 



"A Pastoral da Sobriedade nasceu do Espírito Santo de Deus para a Igreja. Graças a Deus, temos bons frutos de conversão, pois o próprio Senhor nos ensina que é pelos frutos que conheceremos a árvore. Somos redimidos pelo amor de Deus. Por que, muitas vezes, sofremos pelo amor? Lembre-se de que Deus nos ama e quer nos purificar. Estejamos atentos aos frutos do amor: paciência, mansidão e fortaleza", conclui o bispo.

Veja mais:
.: Professar a fé na sobriedade
.: A espiritualidade dos 12 passos.: Pastoral da Sobriedade, ide pelo mundo



02 de outubro de 2013

































 

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