segunda-feira, 30 de setembro de 2013

JUVENTUDE EM MISSÃO 20013







Campanha Missionária 2013 destaca juventude e missão universal da Igrejasexta-feira, 27 de setembro de 2013
As Pontifícias Obras Missionárias (POM) apresentaram à imprensa, nesta quarta-feira, 18, os subsídios da Campanha Missionária 2013, cujo tema é “Juventude em Missão”. Promovida anualmente, no mês de outubro, a iniciativa tem o objetivo de chamar a atenção dos cristãos sobre o seu compromisso com a missão universal da Igreja.

Participaram da coletiva, na sede das POM em Brasília (DF), dom Sérgio Arthur Braschi, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da CNBB, padre Camilo Pauletti, diretor nacional das POM e padre Estêvão Raschietti, diretor do Centro Cultural Missionário (CCM).


“A Igreja é por sua natureza missionária. Ela não pode existir se não levar a todos os povos a Boa Notícia de Cristo”, explicou dom Sergio. “Essa dimensão é motivada anualmente através da Campanha Missionária que ajuda as comunidades a intensificarem a sua formação e aprofundar essa dimensão da vida cristã”. Dom Sérgio recordou que, a reflexão da Campanha sintoniza com o Congresso Missionário Americano e Latino-Americano (CAM 4 – Comla 9), a realizar-se na Venezuela no mês de novembro de 2013, ano em que se comemora os 170 anos de fundação da Obra da Infância Missionária (IAM).


Ao falar do tema da Campanha, “Juventude em Missão”, dom Sergio lembrou que este está em linha com a Campanha da Fraternidade 2013 e a Jornada Mundial da Juventude. O lema, “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), do profeta Jeremias, é direcionado ao jovem. “Não é a pessoa que escolhe, mas é uma chamada de Deus ao jovem profeta e ele então dizia: ‘eu sou muito jovem, não tenho condições’. São palavras que muitas vezes nós dizemos diante dum convite. Então vem a resposta de Deus: ‘A quem eu te enviar, irás’. Por isso é uma Campanha muito importante e entusiasmante por que vai direto aos corações dos jovens”, disse o bispo, para em seguida agradecer aos meios de comunicação pelo trabalho de divulgação.


Padre Camilo Pauletti apresentou os vários subsídios da Campanha Missionária: o cartaz, a Novena (190 mil exemplares), o DVD (22 mil cópias) com testemunhos, 8 milhões de folhetos com as orações dos fiéis e 11 milhões de envelope para as ofertas. Estes já foram enviados às 276 dioceses e prelazias do Brasil. O material pode ser baixado do site das POM (www.pom.org.br).


“O cartaz apresenta o globo e jovens a caminho. A missão nunca olha só ao redor da gente, mas para o mundo. Por isso, no Evangelho Jesus envia a todas as nações”, disse padre Camilo. “Fazemos os subsídios com destaque para os testemunhos que nos últimos anos tiveram maior recepção. É também uma forma de motivar para a consciência missionária que é o objetivo da Campanha, informar, promover, animar a nossa Igreja para que seja cada vez mais missionária”.


O DVD e o livrinho da Novena destacam o testemunho de jovens missionários em várias situações, no Brasil e além-fronteiras. “As páginas centrais do livrinho trazem a Mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, o penúltimo domingo de outubro (este ano dias 20). É uma oportunidade para os cristãos, de forma concreta, fazerem a sua oferta através do envelope, além de rezar e estar em sintonia com os missionários no mundo”, reforçou padre Camilo.


Padre Estêvão Raschietti, por sua vez, destacou o sentido da Campanha Missionária para a Igreja. “A palavra Missão abarca toda a ação da Igreja. Os batizados são missionários pelo próprio batismo. Isso faz parte da vocação cristã”, defendeu padre Estêvão. Na sequência, chamou a atenção para três aspectos da missão. “Existe uma missão que é mais difícil das demais, onde a Igreja não está presente e não é bem vinda. Essa é a missão ad gentes, e como diz João Paulo II deve servir de inspiração e modelo para todas as outras ações na Igreja”. O segundo aspecto é que, “a missão não começa e acaba na própria paróquia ou na diocese, mas tem uma responsabilidade universal, com todos os povos. A colaboração com projetos missionários faz parte da essência da Igreja que é católica (universal)”. O terceiro aspecto que o Mês Missionário quer evidenciar é que, “a missão requer uma consagração, ou seja, um compromisso por toda a vida. Somos convidados a prestar atenção naqueles missionários e missionárias que se consagram para a missão difícil e além-fronteiras. Eis porque se faz uma Campanha Missionária”, concluiu.


Para dinamizar a Campanha, as POM contam com a colaboração dos Conselhos Missionários Diocesanos e Regionais, lideranças e organismos afins. A coleta é enviada ao Fundo Universal de Solidariedade para apoiar projetos em todo o mundo.


Fonte: Jovens Conectados
CAMPANHA MISSIONÁRIA 20013

AINDA NÃO FOI

Campanha Missionária 2013 refletirá sobre o tema “Juventude em Missão”

CAMPANHA MISSIONÁRIA 20013
TEMA: JUVENTUDE EM MISSÃO

No ano em que a Igreja no Brasil dá destaque especial para a evangelização da juventude, a Campanha Missionária, que acontece no mês de outubro, também enfatiza o dinamismo dos jovens. Com o lema “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), a Campanha foi apresentada em coletiva de imprensa, na última quarta-feira, 18, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília (DF).

“A Igreja é por sua natureza missionária. E esta campanha deseja recordar essa dimensão”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Braschi. “Pelo batismo e pela Crisma, somos ungidos para levar o Evangelho, levar a missão de Jesus. Essa Campanha quer nos comprometer, de uma maneira concreta, no apoio aos missionários além fronteiras”, completa.

Tal apoio se efetiva por meio da coleta, que será realizada em todas as comunidades no Dia Mundial das Missões, este ano em 20 de outubro. “Estes recursos são importantes: uma pequena parte fica para a organização da Campanha e a manutenção das POM, e a maior parte é enviada para o Fundo Mundial de Solidariedade, em Roma, que financia projetos de ajuda a missões em todo mundo, especialmente na Ásia e na África. São projetos como sustento de dioceses, manutenção de seminários, obras sociais e assistência aos missionários”, explica padre Camilo Pauletti, diretor nacional das POM.

A organização da Campanha no Brasil é de responsabilidade das POM, em parceria com duas Comissões Episcopais da CNBB: a de Ação Missionária e a da Amazônia. Os subsídios foram enviados para as comunidades de todo o país: 190 mil livretos da novena missionária; 22 mil DVD’s com testemunhos; 8 milhões de folhetos com orações para as missas dominicais; 11 milhões de envelopes para a coleta.

“Que todos procurem estes subsídios que já estão nas dioceses e que sejam utilizados da melhor maneira possível."

ENTREVISTA COM  PADRE JAIME C.PATIAS DAS PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS, RESPONSÁVEL PELA CAMPANHA MISSIONÁRIA

Em sintonia com a Campanha da Fraternidade (CF 2013) e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013), o tema da Campanha Missionária deste ano é “Juventude em Missão”.

O lema tirado do profeta Jeremias, “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), recorda que Deus continua a chamar e a enviar pessoas para anunciar a Boa Notícia de Jesus a todos os povos.

Padre Jaime C. Patias das Pontifícias Obras Missionárias, responsável pela organização da Campanha Missionária, falou sobre a campanha, o tema, e os desafios da Igreja e da juventude na ação missionária.

Jovens de Maria – Qual o enfoque da Campanha Missionária desse ano?

Padre Jaime – Em sintonia com a Campanha da Fraternidade (CF 2013) e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013), o tema da Campanha Missionária deste ano é “Juventude em Missão”. O lema tirado do profeta Jeremias: “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), recorda que Deus continua a chamar e a enviar pessoas para anunciar a Boa Notícia de Jesus a todos os povos. A Missão é a principal razão de ser da nossa Igreja e seus missionários e missionárias representam uma grande riqueza. Pela Campanha Missionária, toda a comunidade cristã é convidada a renovar seu compromisso batismal em conformidade ao mandato de Jesus Cristo, “Ide fazei discípulos todas as nações” (Mt 28, 19).

Jovens de Maria – Qual a responsabilidade das POM na Campanha Missionária?

Padre Jaime – No Brasil, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) têm sua sede em Brasília, DF, e entre as suas atividades na área da formação, animação e cooperação assumem a responsabilidade de organizar a Campanha Missionária, tarefa realizada em colaboração com a CNBB através do Conselho Missionário Nacional (COMINA). Para dinamizar a Campanha, as POM preparam subsídios de animação como a Novena Missionária que inclui a mensagem do Papa, um DVD com testemunhos missionários, folhetos com as orações dos fiéis para cada domingo do mês, cartazes e envelope para as ofertas. Cabe a cada diocese, paróquia e comunidade organizar e animar a Campanha Missionária entre seus fiéis. Todos os itens da Campanha já foram enviados às 276 dioceses e prelazias do Brasil para serem distribuídos entre as paróquias e comunidades.

O envelope deve ser utilizado exclusivamente para a Coleta do Dia Mundial das Missões, feita no penúltimo domingo do mês de outubro. As ofertas realizadas em todas as comunidades, paróquias e instituições católicas devem ser integralmente enviadas às Pontifícias Obras Missionárias (POM) que as repassam ao Fundo Universal de Solidariedade para apoiar projetos em todo o mundo.

Jovens de Maria – Tendo a juventude como tema, como podemos analisar o papel do jovem na ação missionária?

Padre Jaime – Um dos maiores desafios da juventude é fugir das amarras da sociedade neoliberal do espetáculo e do consumo para, com autonomia e protagonismo, mostrar seus dons e criatividade. Muitos buscam sua autorrealização através das drogas e em outras fugas.

Os jovens são generosos, têm coração bom, mas são enganados e levados a viver o mais fácil, o imediato, o descartável e sem consistência. Contamos com jovens conscientes e preparados para evangelizar outros jovens nessas situações concretas.

Com a Campanha Missionária deste ano esperamos ajudar a despertar em nossos jovens o espírito de abertura, de desapego, da missão. Oxalá os jovens sintam a alegria e ocupem os espaços oferecidos com ações em benefício de outros. A Juventude Missionária se propõe a ajudar os jovens a viverem o carisma da Missão voltada para toda a humanidade e não só olhar ao seu redor.

Jovens de Maria – Quais os principais desafios para os missionários na atualidade?

Padre Jaime – A Igreja no Brasil está muito aquém daquilo que poderia dar. Ainda se encontra fechada em si, preocupada com o seu mundo pequeno. O número de missionárias e missionários brasileiros além-fronteiras não chega a 2.000 e nos últimos dez anos não houve melhora, pelo contrário, a tendência é diminuir. Estamos ainda muito acostumados a receber e continuamos achando que as nossas necessidades são maiores do que as de outras regiões do mundo. Aqui está o maior desafio: ajudar as nossas comunidades a se abrirem para o mundo na solidariedade, oração e envio de missionários.

Para os missionários e missionárias, um dos maiores desafios é a perseverança e a fidelidade com a missão em situações de conflitos.

Para a juventude o grande desafio é o de ser sal da terra e a luz do mundo para enfrentar as grandes questões da humanidade: a crise ecológica, justiça e paz e a garantia dos direitos humanos, políticas públicas (educação, saúde, moradia, emprego e terra), o monopólio dos meios de comunicação com propostas alienantes e a dependência química.


NÃOAção Educativa realiza roda de conversa sobre as manifestações pelo país
AÇÃO EDUCATIVA REALIZA RODA DE CONVERSA SOBRE AS MANIFESTAÇÕES PELO PA´SI
Por Administrador
Seg, 01 de Julho de 2013 18:33


Com o objetivo de aumentar o entendimento sobre a onda de protestos que tomou conta das ruas do Brasil e sobre os desdobramentos deste importante momento político para a democracia e a luta por direitos sociais no país, a área de Juventude da Ação Educativa promoveu, na segunda-feira (24/06), uma roda de conversa com organizações e movimentos sociais parceiros.

Cerca de 40 pessoas, entre a equipe da Ação Educativa, professores, participantes do projeto Jovens Agentes pelo Direito à Educação (JADE) e representantes do Cenpec, Fórum Hip Hop, Instituto Paulista de Juventude (IPJ), Grupo Tortura Nunca Mais, Pastoral da Juventude, Coletivo Sete Visões e grupo Sociedade Alternativa, participaram da atividade, que começou com uma fala de abertura de Sérgio Haddad, coordenador da unidade internacional da Ação Educativa.

Ele destacou que a proposta do encontro era abrir um primeiro diálogo para trocar impressões e observações sobre o que as organizações e militantes haviam presenciado até o momento. “É impossível, neste momento, fazer uma análise clara sobre os desdobramentos e os impactos das manifestações. As coisas ainda estão acontecendo e de maneira muito rápida. O que podemos fazer é levantar alguns pontos a respeito, debater, sem necessariamente pensar num encaminhamento”, afirmou.

Para Sérgio, cinco pontos que chamaram a atenção ao longo do processo que culminou com a realização de protestos em 438 cidades, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e levou mais de 1 milhão de brasileiros às ruas, segundo as Policias Militares dos estados.

1. A ocupação das ruas como estratégias política

Conforme Sérgio, grandes manifestações com diversas classes sociais ocupando o espaço público não são uma novidade, nem no Brasil, nem no restante do mundo. Maio de 1968, manifestações de Seattle contra o Banco Mundial e o FMI, Movimentos Ocuppies, os Indignados da Espanha, a Primavera Árabe e as manifestações na Praça Taksim, na Turquia; e, no Brasil, as manifestações estudantis de 1968, as Direitas Já e os caras pintadas são alguns dos exemplos citados.

“Claro que elas são bem diferentes entre si, sobretudo se analisarmos a conjuntura em que cada uma ocorreu, mas a ocupação do espaço público como estratégia política é um traço comum, além da participação muito importante da juventude. É comum em manifestações desta natureza que se explicitem as contradições que apareceram nas reivindicações também no Brasil”, afirma.

2. A pauta dos transportes é agregadora de outras temáticas

De acordo com Sérgio, o Movimento Passe Livre, que puxou as manifestações em São Paulo, teve grandes êxito pela forma de organização - fruto do Fórum Social Mundial e da proposta de movimentos pautados na horizontalidade, mas que sabem dialogar com a política tradicional– e por saber passar uma mensagem simples, clara e bastante agregadora.

“Eles puxam por uma pauta máxima: tarifa zero, mas não caíram de paraquedas no tema, são bastante politizados e a mensagem, além de simples e direita para a população, é agregadora de diversas outras temáticas, como a privatização e a qualidade dos serviços públicos, o direito à cidade, os impostos, a transparência na gestão da coisa pública etc.”

3. A diversidade das pautas reflete as disputas postas na sociedade brasileira

“As manifestações foram crescendo da primeira à última, mas têm um ponto claro de inflexão: a violenta repressão policial assistida em São Paulo e em outras cidades”, afirma Sérgio, destacando também que, ao ir às ruas pelo direito à livre manifestação, a população acabou levando ampliando os temas e expondo a diversidade de pautas e conflitos próprios da sociedade brasileira.

“Vários temas apareceram: PEC 37, os investimentos na Copa, ‘Cura Gay’, reivindicações por serviços públicos de qualidade. Há uma amplitude de pautas, tanto de esquerda quanto conservadoras, como contra o aborto, pelo apartidarismo e pela redução da maioridade penal. Isso chama a atenção para a presença de vários setores chamados a participar da sociedade pelo consumo, mas que nunca conheceram um Estado de bem-estar social. Além disso, demonstrou que há uma grande dissintonia entre as expectativas da população em geral e a capacidade de representação e de respostas das instituições e instâncias de poder. Há uma vontade de participação e é preciso valorizá-la.”

4. O papel da polícia militar e a violência policial

Na análise se Sérgio, a atuação da polícia militar acabou contribuindo com o aumento das manifestações. Embora a violência policial seja a rotina nas periferias e contra a população negra, o restante da população teria se solidarizado com imagens de violência policial contra jornalistas e manifestantes brancos e de classe média.

5. O papel da imprensa

A disputa em torno das pautas se refletiu também, na visão de Sérgio, em uma disputa de significados nos meios de comunicação. “Houve uma tentativa de colocar a ideia de que a manifestação era contra o PT ou o governo federal, mas também não é o caso de se pensar numa tentativa de golpe. Trata-se da disputa de significados. Se quisermos que esta luta avance, precisamos estar prontos para o diálogo e para oferecer alternativas” finalizou.

No debate entre os participantes, algumas questões foram bastante destacadas, como o que a assessora da Ação Educativa e militante feminista Bárbara Lopes chamou de “privatização da política”. “O que parece se colocar em questão é como a política tradicional se coloca como campo de atuação somente para o poder econômico”, afirmou.

Paulo, do Instituto Paulista de Juventude, ressaltou o descrédito generalizado nas instituições e destacou o quanto a vontade de participação pode ser um terreno fértil. Fez também uma ressalta quanto à disputa dos significados: “Não podemos destacar só a ação da direita nas manifestações. A esquerda também pontuou, senão mais”.

Para Carolina, do movimento Periferia Ativa, que articulou com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) as manifestações nas periferias da Grande São Paulo, o fato de movimento não ter coordenação pode ser negativo diante desta disputa. “Não é necessário ter uma liderança única, mas é preciso coordenação porque a falta dela é que permitiu que a direita se apropriasse”, afirmou. E concluiu: "conseguimos uma grande vitória

NÃO

SOPRO RENOVADOR DA IGREJA


DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS
Mensagens do Cardeal — Odilo P. Scherer
ATOS DOS APÓSTOLOS 3,24
Segunda-feira, maio 20, 2013
Há 50 anos, estava em andamento o Concílio Vaticano II, que foi interpretado como um “sopro renovador” do Espírito Santo na Igreja. Ele agiu através do papa e dos bispos, chamados a desempenhar a sua missão naquela grande assembleia eclesial.
Atentos ao sopro do mesmo Espírito Santo, estamos também hoje, procurando discernir o que Deus quer de nós e por onde conduz a Igreja, para que ela continue a cumprir fielmente a missão recebida de Cristo, seu divino Fundador. E não somente a Igreja deve fazê-lo, enquanto comunidade de fé, mas também cada pessoa, mesmo não crente, é convidada a fazê-lo para a realização da obra boa. O Espírito Santo age onde e como quer e, continuamente, “renova a face da terra”, iluminando as consciências e instigando as vontades para decisões retas e justas.
Com mais razão, as pessoas de fé precisam colocar-se em sintonia com o Espírito de Deus, “derramado em nossos corações”, na busca sincera e na prática do bem. O Espírito Santo “inspira as almas santas e forma os amigos de Deus”, que poderão testemunhar e irradiar a luz de Deus sobre o convívio social. O papa Francisco tem insistido, em suas falas recentes, que os católicos precisam de coragem e vigor no testemunho do Evangelho. A fé cristã não se pode reduzir apenas a um verniz exterior, ou a um vago sentimento interior; ela precisa se tornar operativa na vida concreta. Não basta ser, disse ele, “cristãos de poltrona”, que apenas assistem a tudo como estranhos e desinteressados, sem se envolver na vida e na missão da Igreja.
Na Liturgia de Pentecostes, foi lido um trecho da 1ª. Carta aos Coríntios, em que o Apóstolo recorda a ação do Espírito Santo na Igreja; esta é como um corpo, que tem Cristo como cabeça, e muitos membros, que são todos os fiéis da Igreja (cf 1Cor 12). A vitalidade e as muitas capacidades e funções dos membros procedem do mesmo Espírito de Cristo, cabeça do corpo. Cada membro desempenha a própria função para o bem de todo o corpo. A obra individual de cada membro é suscitada por uma única força vital e não pode faltar para a saúde e o bem de todo o corpo.
Na constituição dogmática – Lumen Gentium -, o Concílio apresenta a Igreja como um grande povo de batizados, um organismo vivo, formado de pessoas com fé em Cristo, agraciadas de toda sorte de dons e graças de Deus, chamadas a irradiar o Evangelho e a vida nova do reino de Deus, que já se faz presente neste mundo, mas será pleno apenas na eternidade. A Igreja é habitada por Deus, vivificada e animada pelo seu Espírito.
Na Igreja, todos têm a dignidade comum de filhos e filhas de Deus, recebida no Batismo; e cada um tem seu lugar e sua missão, de acordo com o dom, a vocação e a missão recebidos dentro da Igreja. Não todos fazem a mesma coisa; mas é importante que cada membro da Igreja faça bem a sua parte. Na Igreja, comunidade de discípulos-missionários de Jesus Cristo, todos vivem dos dons da salvação que o Divino Fundador continuamente oferece em abundância para todos através da Palavra e dos Sacramentos; todos são chamados a viver vida santa e a testemunhar no mundo a riqueza e a variedade dos dons de Deus.
Ao mesmo tempo, na Igreja existem os ministros de Deus, revestidos de dons especiais e constituídos para o serviço de Deus e de seus irmãos; eles são membros da Comunidade dos fiéis, mas também são animadores e pastores dessa Comunidade, em nome de Jesus Cristo Pastor e Sacerdote de Deus para a humanidade. Há os fiéis que consagram a vida ao testemunho radical do Evangelho mediante os votos religiosos ou outra forma de especial consagração; dessa forma, ajudam seus irmãos a caminharem mais seguros e estimulados na fé e a perseverem nela.
É sempre o mesmo Espírito Santo que capacita cada um para a realização da própria missão; e assim edifica o conjunto da Igreja na harmonia e na unidade, onde todos contribuem para o bem de todos. A vida da Igreja de Cristo, portanto, não deve seguir o modelo sociológico, mas teológico da comunhão e colaboração. É obra do Espírito Santo que a Igreja se oriente pelo princípio de comunhão, e não pelo de competição ou concorrência. Nisso precisamos continuar a nos renovar na Igreja.
Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 21.05.2013
Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

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