quinta-feira, 16 de maio de 2013

CATEUQSE DE JACUTINGA


Encontro nº 4
Jesus – Dei Verbum
Esboço da preparação
• O encontro seguirá a mesma preparação do ano passado, com algumas
modificações.
• O roteiro será o seguinte:
o Oração inicial sugerida: Ângelus
o 1ª. motivação sugerida: Música (O Caminho é Jesus)
o Julgar (desenvolvimento): encontro do ano passado + apostila da crisma,
na seguinte ordem:
 Primícias da vinda do Messias
 Etimologia do nome Jesus
 Quem é Jesus (CIC + apostila)
21o E o Verbo se fez carne (no encontro anterior – Vida de Cristo)
 Infância
 Vida oculta
 Vida pública
• Batismo
• Curas e milagres
• Transformações sociais
• Chamado aos apóstolos
 Paixão e Morte
 Ressurreição
 Envio do s Apóstolos
o 2ª. motivação sugerida: História do trem (encontro do ano passado)
o 3ª. motivação sugerida: História da pomba (anexo)
o Oração final sugerida: Credo
Agir: Assumir os valores de Cristo e assumir a missão herdada de apóstolo.
Autor do planejamento: Sérgio/Izabel/Cícero
"Parai e vede se há dor semelhante à minha dor"
Jeremias, Lamentações I, 12.
Transcrevemos a seguir, como matéria de capa, um tocante artigo publicado por
Catolicismo em abril de 1963, do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, seguido de outro que
reproduz magníficos testemunhos científicos sobre o Santo Sudário de Turim. Entre os
dois artigos, medeiam quase quatro décadas. Os enfoques são diversos, contudo o tema
é o mesmo, particularmente apropriado à meditação dos leitores nesta Semana Santa: a
face adorável do Divino Redentor durante sua Paixão. No primeiro artigo, fala-nos a alma de fogo de
Plinio Corrêa de Oliveira, abrasada no amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. A segunda colaboração traz
ao conhecimento dos leitores uma análise meticulosa e impressionante do Sudário de Turim, na qual se
esquadrinham as marcas, impressas no sagrado lençol, dos indizíveis padecimentos suportados por
Nosso Senhor em sua face adorável e nas demais partes de seu santíssimo corpo.
Sorriso, Agonia e Morte do Filho de Deus
Plinio Corrêa de Oliveira
Certa vez — corria o ano de 1630 — Frei Inocêncio de Palermo, humilde frade franciscano,
resolveu esculpir em ébano um Crucifixo. Começou pelo corpo, a que conseguiu dar a forma desejada.
E deixou para o fim a face, isto é, a parte mais difícil da tarefa. Que aspecto dar-lhe? Era funda e
brumosa a perplexidade do frade. Uma noite, recostou-se com a alma pesada de incógnitas a respeito.
Senhor da
Sentença (andor
processional) —
Anônimo, séc.
XVII, Convento
de São Francisco,
Quito (Equador)
22E quando de manhã se acercou da obra que deixara inacabada, encontrou-a inesperadamente concluída,
dotada de maravilhosa face, feita por um artista ignoto.
Era uma face em que harmoniosamente se fundiam a delicadeza, a varonilidade e uma
sobrenatural unção, que a tornavam bem digna de ter sido obra noturna e misteriosa de um Anjo. Rica
em aspectos, conforme o ângulo em que se situe o observador vê o Divino Crucificado sorrindo,
agonizante ou já morto.
***
Conservado há três séculos no Santuário de São Damiano, em Assis, o Crucifixo maravilhoso de
Frei Inocêncio vem sendo objeto constante da piedade dos peregrinos.
Ajudemo-nos dele para nossa meditação de Semana Santa.
***
Que Vos levaria, Senhor, a sorrir do alto da Cruz?
Que abismo de contradição entre as dores, que da cabeça aos pés vos atormentam o
Corpo sagrado, e esse sorriso que aflora doce, suave, meigo, entreabrindo-vos os lábios e
iluminando-vos o rosto! Sobretudo, Senhor, que contradição entre o abismo de dores
morais, que enche vosso Coração, e essa alegria tão delicada e tão autêntica que transluz
em vossa Face! Contra Vós, todo o oceano da ignomínia e da miséria humana se atirou.
Não houve ingratidão nem calúnia que Vos fosse poupada. Pregastes o Reino do Céu, e
vossa pregação foi rejeitada pelo vil apetite das coisas da terra. O Demônio, o Mundo, a Carne, em
infame revolta contra Vós, Vos levaram ao patíbulo, e aí estais à espera da morte.
E entretanto sorris! Por quê?
Vossas pálpebras estão quase cerradas. Quase… Mas ainda podeis ver algo. E o que vedes é,
Senhor, a maior maravilha da criação, a obra-prima do Pai Celeste, uma alma — e quanta beleza pode
haver em uma alma, embora o ignore o materialismo de nosso século — riquíssima e íntegra em sua
natureza, cumulada por todos os dons da graça e santificada por uma correspondência contínua e
perfeitíssima a todos esses dons! Vedes Maria. Vedes vossa Mãe. E no meio de todos os horrores em
que estais imerso, tal é a maravilha que vedes, que sorris afetuosamente para a alentar, para lhe
comunicar algo de vossa alegria, para lhe dizer vosso infinito e sublime amor.
Vós vedes Maria. E, ao lado da Virgem Fiel, vedes os heróis da fidelidade: o Apóstolo-Virgem,
as Santas Mulheres — a fidelidade da inocência e a fidelidade da penitência. Vosso olhar, para o qual
tudo é presente, vê mais, pois se alonga pelos séculos, e Vos faz ver todas as almas fiéis que hão de
Vos adorar ao pé da Cruz até o dia do Juízo. Vedes a Santa Igreja Católica, vossa Esposa. E por tudo
isto sorris, com o sorriso mais triste e mais jubiloso, o mais doce e mais compassivo sorriso de toda a
História.
O Evangelho nunca Vos apresenta rindo, Senhor. E só as almas que ignoram a gargalhada
frascária e baixa, e que lhe têm horror, possuem o segredo de sorrisos análogos a este!
Entre as miríades de almas que seguindo a Maria estão ao pé da Cruz, e para as quais sorris,
também está a minha, Senhor?
Humilde, genuflexo, sabendo-me indigno, entretanto eu Vos peço que sim. Vós, que não
expulsastes do Templo o publicano (cfr. Lc 18, 6-20), pelas preces de Maria não rejeitareis para longe
de Vós um pecador contrito e acabrunhado. Dai-me do alto da Cruz um pouco de vosso sorriso
inefável, ó bom Jesus.
23"Pelas lágrimas de Maria, pela última agonia, tende de mim
compaixão…"
Estes versos tão simples de um cântico religioso sem pretensões se gravaram
profundamente em mim. E eles me vêm à mente ao contemplar vossa Face posta em
agonia.
A última agonia… Que força nesta expressão. Cada etapa da agonia é como que um fim, do
qual brota não o fim, mas uma outra agonia ainda pior. E assim, de dor em dor, de requinte em
requinte, se chega à agonia extrema, em que a morte vai rompendo os vínculos últimos e mais
profundos que ligam a alma ao corpo.
Última agonia de um Corpo pavorosamente atormentado… agonia de uma Alma em que a
perfídia humana causou todas as tristezas que se possam conceber. É a parte mais atroz de vossa
Paixão. Maria Santíssima, que tudo vê e tudo sente, chora. O Céu se tolda. A terra parece prestes a
estremecer de horror. O vozerio alvar do poviléu hostil procura impregnar de vulgaridade a cena
sublime. Enquanto isto, um brado de dor partido de vosso peito sobe até o Céu: "Meu Deus, meu
Deus, por que Me abandonastes?" (Mat. 27, 46).
É a hora do triunfo supremo da iniqüidade. É também a hora da misericórdia extrema, das
conversões inesperadas e miraculosas. A alma do Bom Ladrão vai Vos esperar no limbo. E milhões e
milhões de almas, pelos méritos infinitos de vossa última agonia, pelo valor impetratório das lágrimas
de Maria, em todos os séculos se vão converter meditando nesse passo de vossa Paixão.
Entre estas, Senhor, ponde-me a mim. Quebrai o gelo de minha vontade tíbia. Queimai minhas
vis condescendências para com as pompas e obras de Satanás. Fazei de mim um filho da Luz, forte,
puro, destemido, terrível para vossos adversários como se fora um exército em ordem
de batalha.
"Pelas lágrimas de Maria, pela última agonia, tende de mim compaixão".
Tudo se acabou: "consummatum est"
(Jo 19, 30)
Vossa cabeça pende inerte. Uma paz majestosa, suavíssima e divina se mostra em todoo vosso
Corpo. Estais cheio de paz, ó Príncipe da Paz.
Mas em torno de Vós tudo é aflição e perturbação. Aflição extrema no Coração de Maria e no
pugilo de vossos fiéis. Perturbação no universo inteiro. O sol se obscurece, a terra treme, o véu do
Templo se cinde, os algozes fogem. Mas Vós estais em paz.
Sim, porque tudo se consumou. Porque a iniqüidade patenteou sua infâmia até o fim. E porque
Vós patenteastes até o extremo vossa divina perfeição.
Pelos méritos superabundantes de vossa Paixão e Morte, é dado aos homens reconhecer toda a
beleza da Luz e todo o horror das Trevas. Para que sejam filhos da Luz e irredutíveis inimigos das
Trevas.
Ao pé da Cruz está Maria. Que sublimes meditações se dão no íntimo dAquela de quem narra o
Evangelho que, já nos albores de vossa vida terrena, "guardava no seu coração todas as coisas" que
Vos diziam respeito (cf. Lc 2, 51).
24Imaculado Coração de Maria, Sede da Sabedoria, comunicai-me uma centelha, por pequena que
seja, de vossa lucidíssima e ardorosíssima meditação sobre a Paixão e Morte de vosso Filho, meu
Redentor, para que eu a guarde como fogo sagrado e purificador, no íntimo de minha alma.
A Paixão segundo o Santo Sudário
Plinio Maria Solimeo
O Santo Sudário de Turim confirma, com precisão impressionante, os indizíveis
suplícios e sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo durante a sua Paixão
Voltar ao tema? Por quê?
Raciocinamos com Santo Afonso: "Se alguém tivesse padecido por um amigo injúrias e maus
tratos, e logo soubesse que o amigo, ao ouvir falar do sucedido, não quisesse recordar-se; e, quando o
recordassem, dissesse: `Falemos de outra coisa!', que dor sentiria aquele ao ver o olvido do ingrato!
Pelo contrário, que consolo experimentaria ao certificar-se de que o amigo afirma testemunhar-lhe
eterna gratidão, e que sempre o recordava falando dele com ternura e soluços! Por isso é que todos os
Santos, conhecedores do prazer que proporciona a Jesus Cristo o evocar amiúde sua Paixão, se têm
preocupado em meditar quase de contínuo as dores e desprezos que padeceu o amabilíssimo Redentor
durante sua vida e especialmente na morte"1
.
Meditar na Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo foi sempre e continua sendo uma das fontes
mais ricas para o progresso espiritual e santificação.
Entretanto, para nós, homens do século XXI, isso se torna cada vez mais
difícil, principalmente por nossa tibieza, mas também porque fomos deformados
pela "civilização da imagem" — a expressão é de Paulo VI. Deformação essa que
nos torna difícil a abstração.
O "Quinto" Evangelho
Terá sido para nos amparar nessa fragilidade que a Providência Divina
reservou exatamente para nossa época a descoberta do tesouro que se encontra no
Santo Sudário de Turim? Pois foi só com o desenvolvimento da ciência e dos
mais sofisticados equipamentos modernos que se descobriram as maravilhas nele encerradas, como as
marcas da coroa de espinhos, da flagelação, da lançada, e até de sinais que se pode supor terem sido
impressos pela ressurreição de Nosso Senhor.
Cientistas que pesquisaram longamente essa sagrada relíquia afirmam que o Santo Sudário é
mais completo e minucioso, no narrar a Paixão de Cristo, do que os próprios Evangelhos. E que "nada,
em todas as descobertas da `turma do Sudário', em três anos [de pesquisas e análises], continha uma
única informação que contestasse as narrativas dos Evangelhos"2
. Por isso alguns chegaram a
qualificar o Santo Sudário como o "5º
 Evangelho" ou o "Evangelho para o século XX".
O eminente católico e competente cirurgião e escritor francês, Dr. Pierre Barbet, ponderou em
um de seus livros sobre o Sudário: "Um cirurgião [no nosso caso, qualquer leitor] que já tenha
meditado sobre os sofrimentos da Paixão, .... que já se tenha aplicado a reconstituir metodicamente
todas as etapas desse martírio de uma noite e de um dia, poderá, melhor que o pregador mais
eloqüente, melhor que o mais santo dos ascetas (deixando de lado os que disso tiveram diretas visões, e
esses se aniquilavam com elas), compadecer, isto é, padecer com os sofrimentos de Cristo"3
.
Quatro cientistas
examinam a parte
posterior do Sudário,
não conseguindo
perceber nenhum
vestígio da figura no
avesso do tecido
25É o que vamos fazer, com base em depoimentos de cirurgiões, cientistas e especialistas que
analisaram o Sudário, seguindo passo a passo a Paixão de Cristo como nos narram os Evangelhos e a
Tradição, e como aparece no Santo Sudário.

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